A Fisioterapia foi construído a partir de duas linhas, a inglesa e a norte americana.
Segundo Barclay (1994), em 1884, na
cidade de Londres (Inglaterra) começou a primeira organização profissional da
classe de massagista (Society of Trained Masseuses - Sociedade de Massagistas Diplomadas).
A partir desse momento, o British
Medical Journal (Revista de cunho científico da área médica) vinha incluindo em
suas publicações artigos científicos sobre o emprego da massagem como recurso
no tratamento de distúrbios ortopédicos, neurológicos, reumatológicos, ginecológicos,
entre outros.
Surgiram, então, escolas de
treinamento para ensinar cientificamente a massagem, com cursos que incluíam aulas
de anatomia e trabalho em hospitais.
Nas décadas seguintes foram empregados
exercícios terapêuticos combinados com a massagem no tratamento.
Já a primeira instituição
americana a oferecer cursos nessa área foi a Sargent School, em Boston (1881),
pelo médico Dudley Allen Sargent, com a profunda convicção de que o termo “medicina
preventiva” poderia ser mais eficiente pelo treinamento físico individual,
sendo reconhecido nacionalmente.
Dois fatos aceleraram o
desenvolvimento da Fisioterapia no final do século XIX, tanto nos EUA quanto na
Inglaterra. A epidemia de poliomielite que impulsionou a criação de centros de
treinamento e o desenvolvimento de técnicas para a reeducação e restauração da
função muscular. E o aumento de portadores de lesões e mutilações resultantes
dos trabalhos após a Resolução Industrial.
Durante a Primeira Guerra Mundial,
devido ao grande número de feridos (amputações, fraturas, lesões musculares e
nervosas), o tratamento físico ganhou grande reconhecimento público e um novo “status”
social.
Com a carnificina da Primeira
Guerra Mundial, a Fisioterapia teve o seu reconhecimento como uma arte médica.
Sendo utilizados exercícios, eletroterapia e hidroterapia nos seus tratamentos.
As jovens que trabalharam durante
a guerra fundaram nos Estados Unidos uma entidade conhecida atualmente como American
Physical Therapy Association – APTA.
A Associação publicou, em sua
revista (Physical Therapy Review), um artigo sobre os valores e objetivos da
Fisioterapia:
“Estabelecer e manter um padrão profissional e científico para aqueles engajados na profissão de fisioterapeutas, a fim de aumentar a eficiência entre seus membros, encorajando-os no estudo avançado; disseminar as informações através da distribuição de literatura médica e artigos de interesse profissional; assistir aos seus membros; disponibilizar treinamento eficiente de mulheres para servir a profissão médica, e manter companheirismo e intercâmbio de interesses mútuos.”
Referências
Oliveira VRC. Reconstruindo a história da fisioterapia no mundo. Revista Estudos, 2005; 32(4): 509–534. Leia este artigo aqui.
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